Investida certeira contou com visita da família à Arena, jantares na Padre Chagas e reuniões com o Palmeiras.
O Grêmio seguia o centroavante desde 2010. A última e certeira
investida demorou quatro meses, com a visita da família à Arena,
jantares na Padre Chagas e em São Paulo, longas reuniões com o
Palmeiras, conversas com Guiñazu e com o técnico da seleção argentina e a
persistência do executivo do futebol tricolor Rui Costa.
Hernán Barcos. O nome do atacante argentino ambidestro, 28 anos, 10 de carreira, nove clubes, batia na cabeça do diretor executivo de futebol do Grêmio, Rui Costa, como uma bola na trave da goleira desde 2010. O então goleador da LDU havia sido oferecido. Renato Portaluppi topou. A direção puxou o freio de mão. Dinheiro, sempre ele, travou o processo.
Assessor na época, Costa não tirou Barcos do radar desde então. No final de 2012, quando voltou ao futebol, com Fábio Koff, e antes de subir os largos e gastos degraus do Olímpico em direção à sala do departamento de futebol, ele discutiu um nome especial com o presidente. Era Barcos. Vanderlei Luxemburgo aplaudiu.
Ainda sem cargo definido, no escaldante novembro passado de Porto Alegre, Costa recuperou os contatos de David e Gabriel Barcos. Convidou os irmãos do goleador para conhecer a Capital. Convite aceito, um carro do Grêmio os pegou no aeroporto Salgado Filho dias depois. Começava assim o processo de sedução arquitetado por Costa e Koff. A dupla visitante passou um dia inteiro na cidade. Conheceu a Arena e os novos projetos. Ganhou tratamento VIP na Padre Chagas e recebeu camisas tricolores.
Enquanto Costa se aproximava da família, Koff criava uma linha direta com a diretoria palmeirense.
De cara, ouviu que a transação seria impossível. Havia uma eleição em andamento. Ao mesmo tempo, sentiu que os paulistas precisavam fazer um time sem muito dinheiro.
Koff, estrategicamente, recuou. Costa foi adiante. Ouviu que a família Barcos, na Argentina, já usava as camisas tricolores em casa e na rua. Sentiu um sinal, nova motivação.
Janeiro chegou. Costa ganhou um cargo oficial, enquanto o Palmeiras era sacudido por uma eleição presidencial. Ao saudar o novo titular, Paulo Nobre, Koff voltou à carga. Notou que as defesas dos dirigentes estavam mais baixas. O Grêmio tinha tudo o que o Palmeiras, com a urgência dos rebaixados, necessitava: jogadores reservas dispostos a encarar a segundona.
Na outra ponta, Barcos se movia com a discrição habitual. Queria sair, mas pela porta da frente. De Sabella, técnico da seleção argentina, ouviu que precisaria participar de competições de ponta para continuar na sua lista preferencial. Depois dos irmãos, que disseram que Porto Alegre é melhor do que Buenos Aires para viver, o atacante decidiu consultar um porto-alegrense adotivo, o conterrâneo e amigo Pablo Guiñazu, que hoje mora no Paraguai. Ganhou o ok no primeiro minuto da ligação.
Eles dividiam quartos nas concentrações e voavam lado a lado com a seleção. Quando jogava no Beira-Rio ou Olímpico, o atacante arrumava tempo para visitar o colega. Era brindado com um assado de tira na churrasqueira do ex-volante colorado. Num dos últimos encontros, torceram juntos para o filho de Guiñazu, Matias, numa partida de tênis na Sogipa.
Com o Palmeiras sob controle e Barcos quase convencido, Costa recebeu um aviso de Koff e desviou a rota de uma viagem a Argentina. Parou em São Paulo. Pegou um táxi, rumou para o CT do clube e se fechou numa sala com o novo diretor executivo José Carlos Brunoro. Entre avanços e recuos, números impossíveis e propostas viáveis, negociaram durante quatro dias em reuniões intermináveis.
Depois de liberar Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro, mais uma compensação financeira, ainda faltava o ok do jogador. Tarde de uma noite, depois de uma partida do Palmeirtas, o dirigente gremista foi jantar com Barcos e a mulher, Cristina, em Alphaville, um condomínio classe A em São Paulo. O argentino escolheu uma churrascaria.
Na chegada, Costa foi surpreendido com os questionamentos sobre escolas para crianças – o casal tem duas, Avril e Emilio. Sorriu sozinho com mais um sinal. Perto das três horas da madrugada, quando ouviu o sim de Barcos, enfiou a mão na sua bolsa, retirou a camisa que o Grêmio confeccionou inspirada na seleção argentina e entregou ao seu novo centroavante. Barcos conteve a emoção. Costa, não.
O Grêmio ganhou um novo guerreiro goleador.
Hernán Barcos. O nome do atacante argentino ambidestro, 28 anos, 10 de carreira, nove clubes, batia na cabeça do diretor executivo de futebol do Grêmio, Rui Costa, como uma bola na trave da goleira desde 2010. O então goleador da LDU havia sido oferecido. Renato Portaluppi topou. A direção puxou o freio de mão. Dinheiro, sempre ele, travou o processo.
Assessor na época, Costa não tirou Barcos do radar desde então. No final de 2012, quando voltou ao futebol, com Fábio Koff, e antes de subir os largos e gastos degraus do Olímpico em direção à sala do departamento de futebol, ele discutiu um nome especial com o presidente. Era Barcos. Vanderlei Luxemburgo aplaudiu.
Ainda sem cargo definido, no escaldante novembro passado de Porto Alegre, Costa recuperou os contatos de David e Gabriel Barcos. Convidou os irmãos do goleador para conhecer a Capital. Convite aceito, um carro do Grêmio os pegou no aeroporto Salgado Filho dias depois. Começava assim o processo de sedução arquitetado por Costa e Koff. A dupla visitante passou um dia inteiro na cidade. Conheceu a Arena e os novos projetos. Ganhou tratamento VIP na Padre Chagas e recebeu camisas tricolores.
Enquanto Costa se aproximava da família, Koff criava uma linha direta com a diretoria palmeirense.
De cara, ouviu que a transação seria impossível. Havia uma eleição em andamento. Ao mesmo tempo, sentiu que os paulistas precisavam fazer um time sem muito dinheiro.
Koff, estrategicamente, recuou. Costa foi adiante. Ouviu que a família Barcos, na Argentina, já usava as camisas tricolores em casa e na rua. Sentiu um sinal, nova motivação.
Janeiro chegou. Costa ganhou um cargo oficial, enquanto o Palmeiras era sacudido por uma eleição presidencial. Ao saudar o novo titular, Paulo Nobre, Koff voltou à carga. Notou que as defesas dos dirigentes estavam mais baixas. O Grêmio tinha tudo o que o Palmeiras, com a urgência dos rebaixados, necessitava: jogadores reservas dispostos a encarar a segundona.
Na outra ponta, Barcos se movia com a discrição habitual. Queria sair, mas pela porta da frente. De Sabella, técnico da seleção argentina, ouviu que precisaria participar de competições de ponta para continuar na sua lista preferencial. Depois dos irmãos, que disseram que Porto Alegre é melhor do que Buenos Aires para viver, o atacante decidiu consultar um porto-alegrense adotivo, o conterrâneo e amigo Pablo Guiñazu, que hoje mora no Paraguai. Ganhou o ok no primeiro minuto da ligação.
Eles dividiam quartos nas concentrações e voavam lado a lado com a seleção. Quando jogava no Beira-Rio ou Olímpico, o atacante arrumava tempo para visitar o colega. Era brindado com um assado de tira na churrasqueira do ex-volante colorado. Num dos últimos encontros, torceram juntos para o filho de Guiñazu, Matias, numa partida de tênis na Sogipa.
Com o Palmeiras sob controle e Barcos quase convencido, Costa recebeu um aviso de Koff e desviou a rota de uma viagem a Argentina. Parou em São Paulo. Pegou um táxi, rumou para o CT do clube e se fechou numa sala com o novo diretor executivo José Carlos Brunoro. Entre avanços e recuos, números impossíveis e propostas viáveis, negociaram durante quatro dias em reuniões intermináveis.
Depois de liberar Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro, mais uma compensação financeira, ainda faltava o ok do jogador. Tarde de uma noite, depois de uma partida do Palmeirtas, o dirigente gremista foi jantar com Barcos e a mulher, Cristina, em Alphaville, um condomínio classe A em São Paulo. O argentino escolheu uma churrascaria.
Na chegada, Costa foi surpreendido com os questionamentos sobre escolas para crianças – o casal tem duas, Avril e Emilio. Sorriu sozinho com mais um sinal. Perto das três horas da madrugada, quando ouviu o sim de Barcos, enfiou a mão na sua bolsa, retirou a camisa que o Grêmio confeccionou inspirada na seleção argentina e entregou ao seu novo centroavante. Barcos conteve a emoção. Costa, não.
O Grêmio ganhou um novo guerreiro goleador.
Fonte: ClicRBS
LEgal! Dalhe Grêmio!!!!
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